AUTOR
Anderson de Almeida

A Estaca Hélice Contínua é uma estaca de concreto moldada “in loco”, cuja perfuração consiste na introdução de um trado helicoidal (com tubo vazado central) no terreno até a profundidade especificada no Projeto de Fundações. Finalizada a perfuração, o concreto é lançado através do tubo metálico, simultaneamente com a retirada do trado. A armadura, em forma de gaiola, é introduzida na estaca por gravidade sendo empurrada pelos operários ou com auxílio de um pilão de pequena carga ou de vibrador.

A estaca Hélice Contínua surgiu na década de 1950 nos Estados Unidos. A máquina era dotada de mesa perfuradora que executava estacas com diâmetros de 27,5 cm; 30 cm e 40 cm. Logo no início da década de 1970, ela ganhou espaço por toda Europa e Ásia tendo maior destaque na Alemanha e Japão. A introdução da Estaca Hélice Contínua no Brasil foi por volta de 1987. As estacas eram executadas com equipamentos desenvolvidos no Brasil, montados sob guindastes de esteiras.
A Estaca Hélice Contínua permite uma maior agilidade na conclusão do estaqueamento, tendo como principal característica o monitoramento eletrônico (controle de profundidade, velocidade de rotação e descida do trado na perfuração, torque do equipamento, pressão de concretagem, velocidade de subida do trado e consumo de concreto) e ausência de vibrações no solo local e nos terrenos vizinhos.

A metodologia de perfuração permite a sua execução em terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não do lençol freático e atravessa camadas de solo resistentes com índice de SPT de 30 golpes a 50 golpes, dependendo do tipo de equipamento utilizado.
A produtividade média é de 250 metros de estaca por dia dependendo do diâmetro, da profundidade, da resistência do terreno e principalmente do fornecimento contínuo do concreto. São executadas com diâmetros de 25cm a 1,5m e profundidade de até 40m.
Dentre as vantagens da Estaca Hélice Contínua tem–se:
- Alta produtividade comparada a outros tipos de estacas de fundação
- Alta capacidade de carga das estacas
- Não gera vibrações no terreno
- Conta com monitoramento eletrônico em toda a sua execução, controlando a profundidade, a inclinação e verticalização do trado helicoidal, velocidade de rotação e avanço do trado, dentre outros
- Podem ser executadas estacas de grande profundidade, até 38 metros aproximadamente
- Podem ser executadas acima ou abaixo do lençol freático
- Penetra camadas resistentes do solo
Como desvantagens da Estaca Hélice Contínua tem-se:
- É um equipamento grande e por isso necessita-se de uma área ampla na obra e de terreno plano ou pouco inclinado para a sua instalação
- Não podem ser executadas em terrenos com presença de rochas e matacões
- Custo relativamente alto se comparado a outros métodos de execução de fundações devido à mobilização dos equipamentos
A Estaca Hélice Contínua Segmentada possui um equipamento menor e mais leve que os equipamentos de Hélice Contínua Convencional, tornando-se possível a execução em obras de locais confinados, onde talvez, não seja possível a utilização do equipamento de Hélice Contínua Convencional. Ideal para centros urbanos, nas proximidades de estruturas já existentes, em obras industriais e conjuntos habitacionais. Apresenta grande mobilidade dentro de obras de pequeno e médio porte.
São executadas com diâmetro de 25 a 60 cm e possuem uma capacidade de carga de 300 a 1300KN. São executadas em profundidade de 18 a 24m. Seus segmentos possuem 6m, e são acoplados a haste principal na obra.

Quanto ao dimensionamento, pode-se utilizar os métodos de Decourt-Quaresma e Aoki-Velloso. Porém, Alonso (1996), propõe um método em que utiliza-se o SPT-T (Sondagem à Percussão com Medida de Torque) para a estimativa da capacidade de carga onde a resistência lateral e de ponta são apresentados a seguir:
Resistência lateral

Resistência de ponta

A escolha pelo tipo de fundação em Estaca Strauss deve ser feita por um engenheiro civil geotécnico, após a análise das sondagens e das cargas da estrutura.
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