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w.Moscolini

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Introduzidas no Brasil pelo professor Costa Nunes, a Micro estaca é uma estaca moldada in loco, de pequeno diâmetro, até 50cm, porém sua execução é limita-se a diâmetros entre 10 a 15m. Suportam uma carga de 300 a 1300kN. É executada através de perfuração rotativa com tubos metálicos (revestimento) ou roto percussiva por dentro dos tubos, no caso de matacão ou rocha.

Esta estaca é armada integralmente e injetada com calda de cimento ou argamassa, com fck>20MPa, através de tubo “manchete”, visando aumentar a resistência do atrito lateral.

Este tipo de estaca comporta duas variantes com relação à armadura: um tubo metálico com função estrutural, dotado de manchetes para a injeção e uma segunda, a armadura propriamente dita constituída de barras de aço (ou gaiola).

As Micro estacas tem grande utilização em obras onde se tem grande dificuldade de acesso, podendo ser executadas com equipamentos de médio porte e também com equipamentos manuais. Pode ser utilizada em qualquer tipo de solo, e em lugares de difícil acesso.

Aplicações:

  • Reforços e recalque de fundações e túneis;
  • Fundações comuns;
  • Consolidações e contenções de taludes;
  • Ampliação de estruturas existentes.
  • Execução em qualquer outra direção, atravessando terrenos de quaisquer naturezas.

Características:

  • Elevada capacidade de carga;
  • Alta taxa de armação:
  • Baixíssima vibração durante sua execução;
  • Compatível com praticamente qualquer terreno;
  • Execução em locais com limitações de altura.
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Fonte: https://sites.google.com/site/langeotecniaefundacao/contato/53-micro-estacas-injetadas

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Detalhe da Injeção da Estaca

(1) Perfuração

(2) Aplicação do tubo metálico ou gaiola manchetada

(3) Injeção de bainha

(4) Início da injeção de fases

(5) Injeção de fases

Fonte: https://sites.google.com/site/langeotecniaefundacao/contato/53-micro-estacas-injetadas

Vantagens

  • Elevada capacidade de carga considerando seu pequeno diâmetro (estacas com diâmetro acabado de 15 cm possui uma capacidade até 35 tf).
  • A execução não é limitada pela presença do nível d’água no terreno, pois pode ser executada abaixo do lençol freático.
  • Em condições ideais, a produtividade média diária gira em torno de 100 a 150 metros lineares.
  • O processo executivo produz baixo nível de ruídos e sujeira.
  • O tubo não é recuperado e passa a fazer parte integrante da estaca como elemento estrutural, aumentando a resistência da mesma, além de garantir a integridade do fuste e permitir total controle sobre a injeção da nata de cimento.
  • O transporte dos tubos pode ser feito em caminhões de pequeno porte, onde o custo dos carretos é menor, bem como manuseio, carregamentos e descarregamentos, onde não há necessidade de guinchos ou guindastes.
  • É um sistema sustentável uma vez que os tubos utilizados para cravação são refugos de outras empresas.

Desvantagens

  • Necessidade de recorrer a firmas especializadas com equipamento e mão-de-obra especializados.
  • Execução de pequenos diâmetros.
  • Apenas mobilizam atrito lateral em terrenos com NSPT > 40 golpes.
  • Reduzida capacidade para transmitir cargas por ponta, uma vez que possuem pequeno diâmetro.
  • Limitação à encurvadura (elevada esbelteza), em solos com zonas ocas ou campos vazios de aplicação distintos.

O dimensionamento da Micro estaca pode ser realizada por diversos métodos semi empíricos já consagrados, Decourt e Quaresma, Aoki e Velloso, e o mais indicado, Cabral

O método de Aoki-Velloso foi elaborado considerando correlações com o ensaio CPT, porém como não é muito utilizado no Brasil, o valor de da resistência de ponta qc, pode ser substituído por uma correlação com o NSPT através de uma fator k, que depende do tipo de solo. Os fatores F1 e F2 são fatores correção de escala devido a diferença do comportamento entre a estaca e o ensaio do cone e a influência do método executivo, tipo de estaca.

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O método de Décourt-Quaresma (1978) e atualizado por Décourt (1996), leva em consideração o NSPT e introduz os fatores a e b,à resistência lateral e de ponta, respectivamente para a utilização da equação para o uso em estacas escavada, estaca hélice contínua, estaca raiz e estacas injetadas sob pressão, uma vez que o método foi elaborado com base em resultado de provas de cargas executados em estacas pré moldadas e estaca Franki.

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Para a determinação da capacidade de carga, o método mais utilizado é o método semi empírico de David Cabral (1986) pois leva em conta a pressão de injeção da nata de cimento durante o processo de execução. Esse método leva em consideração também a variação das camadas atravessadas pela estaca.

Resistencia lateral

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Resistencia de ponta

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  • Onde:
    • B1.N e B2.N – kgf/cm²
    • B0.B1.N ≤ 2 kgf/cm²
    • B0.B2.N ≤ 50 kgf/cm²
    • B0 = 1 + 0,11t – 0,01f
    • N – Número do NSPT
    • t – Pressão de injeção em kgf/cm²
    • f – Diâmetro final da estaca em cm

Capacidade de carga

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Carga de projeto

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Recomendamos que sempre, ao necessitar executar uma estaca ou um projeto de fundações, consulte um Engenheiro Civil especializado em Geotecnia e execute em primeiro lugar uma sondagem para conhecimento das camadas e resistência do solo.

22/10/2019
1:07 pm

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